Perdi a conta de quantas vezes ouvi esta frase! E sinceramente, me divirto com a imaturidade desses homens.
Em geral esses maridos acreditam no que lhes convém: que eles são bons homens, cumprem adequadamente seu papel de provedor da segurança e da ordem familiar. Essa postura faz com que melhorem sua autoestima e os deixa mais confiantes em si. Em contrapartida, tornam-se arrogantes e orgulhosos das próprias tolices.
Outra coisa: quem disse que terapia depende da crença dele para ser validada? Por mais que ele tenha chiliques, terapia é a ciência que aponta o dedo no nariz deles e mostra o que não querem ver.
O que ouço delas:
"Quando quero comprar um vestido, um sapato ou mesmo uma simples revista, ele diz que sou gastona e não valorizo o esforço que ele faz para trazer dinheiro para casa. Nem adianta eu argumentar que também trabalho porque o problema não é o dinheiro mas minhas vontades".
"Ele diz que terapia não funciona e que estou perdendo tempo e dinheiro".
"Ele diz que eu precisaria ter uma vida mais difícil para dar valor ao que ele faz"
De fato, muitos homens desvalorizam os sentimentos e intenções das companheiras e, de certa forma, eles as persuadem de que não sabem o que é bom ou certo para elas e para o casal. Quando a terapeuta é uma mulher, ele a desqualifica, afinal, é outra mulher que, como a sua, também não entende nada sobre a vida. Se o profissional é um homem, a coisa é mais complicada! Vai procurar refutá-lo e desqualificá-lo. A casa cai de vez quando a esposa começa a elogiar o terapeuta ou citá-lo a título de comparação e exemplo. Viram feras! Mas existem situações que os maridos apoiam e querem terapia para suas esposas. Sabem que se beneficiam com a terapia delas porque ficam menos ciumentas, implicantes e cuidando bem de si, oferecem melhores relações.
Difícil mesmo, é ter que assumir ser a causa de muitos problemas do casal, ser homem de verdade, e fazer terapia.
