O inimigo hoje se esconde em avatares, memes, fóruns e silêncios cúmplices.
- Eduardo Garcia

- 6 de mai.
- 1 min de leitura

Prevenir começa por entender. E entender exige olhar para onde muitos não querem enxergar.
Um homem foi preso e um adolescente apreendido após a polícia descobrir um plano para atacar o público do show com explosivos improvisados O atentado frustrado expõe muito mais do que um crime violento: revela um terreno fértil de adoecimento coletivo — psicológico, digital e social.
Radicalização travestida de “missão”Grupos extremistas online funcionam como bolhas de validação onde o ódio é celebrado. Nessas câmaras de eco, o público LGBTQIA+ vira alvo simbólico de frustrações transformadas em ideologia.
Adolescentes em busca de sentido e pertencimentoNa ausência de vínculos saudáveis, jovens encontram em grupos radicais um simulacro de comunidade. Ganham identidade, propósito — e a ilusão de serem “especiais”, mesmo que pelo caminho da destruição.
A gamificação da barbárieTransformar um atentado em “desafio coletivo” mostra como a lógica dos jogos e redes sociais pode ser distorcida: cada curtida se torna combustível para atos de terror. Likes viram medalhas; vidas, meros obstáculos.
Frieza e ausência de empatia: um alerta clínico e socialA elaboração meticulosa do plano, somada à indiferença com as vítimas, sugere traços de personalidade antissocial — como impulsividade, crueldade e desejo de controle. Mas é preciso cuidado: nem tudo é patologia individual; o contexto social também adoece.
Juventude desprotegida em uma sociedade distraídaA presença de adolescentes no esquema revela falhas graves: escolas despreparadas para lidar com discurso de ódio, famílias desconectadas e políticas públicas que ainda não entenderam o impacto real da radicalização digital
Não se trata só de um crime: trata-se de um alerta.Alerta para pais, educadores, profissionais da saúde, plataformas digitais e formuladores de políticas públicas.




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